Programação Mini cursos e Palestras:
Mini Cursos:
FAP
em Terapia de Casal e Tratamento de Problemas Sexuais
Luc Vandenberghe PUC/Goiás
Este
mini-curso propõe estratégias clínicas que podem aperfeiçoar o relacionamento
terapeuta-cliente como instrumento de mudança em terapias de casal e no
tratamento de problemas sexuais. A partir de momentos escolhidos em dois
estudos de caso, o papel de intimidade e os conceitos de comportamento
problema do terapeuta e comportamento alvo do terapeuta, serão discutidos. A
aplicação das 5 regras para o terapeuta e o desenvolvimento da formulação de
caso FAP serão treinados.
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Aceitação
Michaele T. Saban, Karen Vogel
Neste mini curso será apresentado o conceito de aceitação para a ACT,
quais as funções que este processo tem na terapia e formas de aplicação na
clínica. Será discutida a relação entre aceitação e esquiva experiencial, e
as implicações no repertório do indivíduo. Como a aceitação diz respeito aos
eventos encobertos – sentimentos, sensações, pensamentos e memórias,
analisaremos esses comportamentos e a relação deles com o sofrimento. As
discussões serão permeadas por vivências e a apresentação de uma pesquisa
sobre o tema.
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A Teoria dos Quadros Relacionais
(RFT): novos desafios para a Clínica Analítico-Comportamental?
Roberta Kovac e Yara Nico
O presente curso tem como objetivo discutir comportamento simbólico a
partir do paradigma de Equivalência e, principalmente, da Teoria dos Quadros
Relacionais (RFT). A RFT vem sendo desenvolvida desde início dos anos 90
e se origina dos estudos sobre Equivalência de Estímulos e Comportamento Verbal.
Tem como objeto de estudo o responder relacional arbitrariamente aplicável
(RRAA), operante generalizado, diretamente aprendido via treino de múltiplos
exemplares e contextualmente controlado. Estas características do RRAA
implicam na derivação de relações não diretamente aprendidas (relações
derivadas).
Será apresentada uma introdução aos
conceitos centrais desta teoria: o responder relacional com um tipo de
abstração contextualmente controlada; os diferentes tipos de relações
arbitrárias especificados em cada Quadro Relacional
(coordenação; oposição; comparação; hierárquico; temporal; espacial;
deítico); as características deste operante (implicação mútua, implicação
combinatória e transformação de função); dados empíricos que
embasam esta teoria e as implicações destes novos dados para a clínica
analítico-comportamental.
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Terapia Analítico-Comportamental enriquecida com FAP e
ACT
Fatima Cristina de Souza Conte e Maria Zilah da Silva Brandão –
(PSICC - Instituto de Psicoterapia e Analise do Comportamento, Londrina-PR,
Brasil)
O
cenário mundial das Terapias Comportamentais vive hoje a sua Terceira Onda ou
Geração. Tal movimento se descreve como uma retomada da aplicação dos
conhecimentos behavioristas radicais atuais à Analise Clinica Comportamental.
Seus expoentes maiores são a ACT (Terapia de Aceitação e Compromisso), de
Hayes (1987) e a FAP (Psicoterapia Analítico-Funcional ) de Kohlenberg e Tsai
(1991). Suas bases filosóficas, semelhanças, propósitos específicos e
possibilidades de integração entre si e com as demais terapias, foram
bastante destacados por seus autores e outros, provavelmente porque a Segunda
Onda foi caracterizada pelo conjunto de terapias cognitivas e
cognitivo-comportamentais já desenvolvidas e buscou-se destacar, por comparação,
as características que justificavam a identificação de uma “nova onda”. Já,
no Brasil, o processo ganhou contornos diferentes, uma vez que, em paralelo
ao desenvolvimento de tais terapias, a Terapia Analítico- Comportamental
também floresceu, tendo os seus realizadores empenhado esforços contínuos
para manterem-se fortemente ligados às suas raízes behavioristas radicais
(Vandenbergue, 2011). Assim, mais do que uma retomada da extensão do
behaviorismo radical à Analise Clinica Comportamental, as propostas da
Terceira Onda representaram aqui, possibilidades importantes, de continuação,
aumento de abrangência, integração de conceitos e bases filosóficas à
pratica, enfim, de enriquecimento dos processos vigentes. Esse trabalho
pretende demonstrar, através de vinhetas de casos clínicos, como a FAP e a
ACT tem sido incorporadas à Terapia Analítico-Comportamental e favorecido a
sua eficácia.
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Palestras:
Evidência empírica da FAP no Programa de Psicologia Clínica da
USP
Sonia
Meyer
Serão apresentadas quatro pesquisas realizadas no
Laboratório de Terapia Comportamental da USP sobre efeitos da FAP ou com
dados produzidos pelo instrumento de avaliação da FAP, o FAPRS e quatro
projetos de pesquisa sobre a FAP usando delineamento experimental de caso
único. A importância de evidências empíricas e do delineamento
experimental serão temas discutidos.
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Supervisão
clínica: repertórios pessoais e acadêmicos de terapeutas em FAP e ACT
Regina Wielenska
Estar
presente, consciente das forças que operam no aqui e agora da relação
terapeuta-cliente e sabendo fazer uso ético e efetivo desses
recursos, representa um dos aspectos essenciais das terapias
comportamentais de terceira onda. Formar terapeutas capazes de atuar desse
modo significa, entre outras medidas, em transformar a supervisão num
laboratório onde se exercitam as habilidades desejáveis. Serão
discutidas estratégias possíveis para a supervisão de terapeutas
iniciantes, pouco familiarizados com as nuances da prática
analítico-comportamental, com exemplos de algumas experiências que se
mostraram bem sucedidas para a formação de residentes em psiquiatria e
psicólogos.
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A análise
comportamental clínica e suas derivações: muitos nomes para o mesmo proceder?
Roberto Banaco
A análise do comportamento
aplicada é a origem de procedimentos que aplicados à pratica clínica
receberam nos Estados Unidos o título de "clinical behavior
analysis" e no Brasil "terapia analítico-comportamental". Esta
nova nomenclatura se fez necessária quando os analistas do comportamento
procuraram incorporar aos procedimentos de controle de contingências, os
conhecimentos gerados pelo estudo do comportamento verbal, assumindo sua
utilização na prática de gabinete e/ou em ambiente natural. Até então, certas
particularidades da prática clínica feita por analistas do comportamento não
recebiam uma denominação específica. A partir dos anos 90, no entanto,
técnicas foram organizadas em torno de várias nomenclaturas, tais como FAP,
ACT ou TCR, mas nunca deixaram de ter embutidos em seus procedimentos os princípios
básicos da análise do comportamento aplicada. Este trabalho procura discutir
se há a necessidade de uma especificação que aparentemente mais restringe do
que enriquece a prática clínica do analista do comportamento.
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Comportamento
verbal e processos autoclíticos: efeitos nulos, transitórios e duradouros
sobre o comportamento não verbal – implicações para atuação terapêutica em
ACT
Maria Martha Costa Hübner Universidade de São Paulo -
INCT sobre Comportamento, Cognição e Ensino
As
abordagens terapêuticas em ACT concebem o comportamento verbal como central
em seus procedimentos. Desde 1957, com Skinner e depois, em 1982, com Sidman
, a Análise do Comportamento construiu um arcabouço teórico e empírico que
sustentam , em parte, a eficácia de procedimentos verbais (metáforas,
desliteralização, dentre outros).
Serão apresentadas pesquisas derivadas da formulação skinneriana de
comportamento verbal, incluindo processos autoclíticos, bem como pesquisas
derivadas da formulação teórica de Steven Hayes (RFT) que evidenciam efeitos
nulos, temporários/imediatos e duradouros do comportamento verbal (que será
discutido em relação ao termo cognição) e de formação de classes sobre o
comportamento não verbal relevante. A discussão buscará evidenciar aspectos
genuinamente analítico- comportamentais de ambas as abordagens, suas relações
com o corpo de pesquisas que os sustentam, bem como aspectos que extrapolam
ou se diferenciam do que é proposto e
investigado pela Análise do Comportamento.
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FAP: aplicações a problemas de casais
Maly
Delitti Centro de Análise do Comportamento
A FAP, como uma das propostas da terapia comportamental
tem como um de seus pressupostos básicos a intervenção e mudança do
comportamento em situação natural para propiciar a generalização e manutenção
de tais mudanças para a vida real das pessoas. Como a interação do casal, quando bem
conduzida,(com vínculo sólido e relação T-C bem estabelecida), ocorre diante
do T, o qual, por sua vez, passa a fazer parte daquela
contingência parece um pleonasmo falar de FAP com casais. Se não for feito
FAP, não há terapia de casal.
Neste trabalho , a partir de alguns
fragmentos de uma sessão de terapia de
casal serão feitas reflexões teóricas e acerca das intervenções realizadas.
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IRAP: Atitudes implícitas e
possíveis aplicações na clínica
Desire
Cassado
Os métodos mais comuns para obter informações sobre o que as pessoas
pensam e sentem envolvem a utilização de questionários e/ou entrevistas. Tais
métodos exigem que os participantes reflitam sobre o que eles pensam para
então responder de forma apropriada. Apesar de serem claramente úteis,
questionários e entrevistas podem falhar na tentativa de acessar cognições
implícitas, como pensamentos, sentimentos e crenças que envolvem, respostas
com possibilidade de punição social como, por exemplo, preconceitos raciais
e/ou sexuais.
O IRAP é um procedimento experimental construído com base na Teoria
dos Quadros Relacionais que tem como objetivo acessar relações derivadas
implícitas. Muitos estudos tem demonstrado que o IRAP pode ser usado para
acessar redes relacionais ou crenças que não são prontamente acessíveis ao
pesquisador e mesmo ao participante.
Nesta
exposição será apresentado a base teórica do IRAP, seu procedimento e
pesquisas relevantes para a área clínica.
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