quinta-feira, 12 de abril de 2012

Última versão da Programação

Faltam 07 dias para o nosso encontro!

A seguir divulgamos a última programação.

Nos vemos dia 19!!!



19 e 20 de Abril - Workshop de ACT e FAP com Benjamin Schoendorff e Marie-France Bolduc

9:00 – 10:30
Workshop
10:30 – 10:45
Café
10:45 – 12:00
Workshop
12:00 – 13:00
Almoço
13:00 – 15:00
Workshop
15:00 – 15:15
Café
15:15 – 17:00
Workshop

21 de Abril – Encontro Científico

8:30 – 9:00
Abertura
Francisco Lotufo Neto, Michaele Saban e Karen Vogel
9:00 – 10:30
Mini curso
1. FAP em Terapia de Casal e Tratamento de Problemas Sexuais -Luc Vandenberghe PUC/Goiás
2. Aceitação - Michaele T. Saban, Karen Vogel

3. A Teoria dos Quadros Relacionais (RFT): novos desafios para a Clínica Analítico-Comportamental? - Roberta Kovac e Yara Nico

4. Terapia Analítico-Comportamental enriquecida com FAP e ACT - Fatima Cristina de Souza Conte e Maria Zilah da Silva Brandão – (PSICC - Instituto de Psicoterapia e Analise do Comportamento, Londrina-PR, Brasil)

10:30 – 10:45
Café

10:45 – 12:30
Mini curso (continuação)
12:30 – 14:30
Almoço com painéis
14:30 – 15:30
Palestra
1. Comportamento verbal e processos autoclíticos: efeitos nulos, transitórios e duradouros sobre o comportamento não verbal – implicações para atuação terapêutica em ACT - Maria Martha Costa Hübner
2. IRAP: Atitudes implícitas e possíveis aplicações na clínica - Desire Cassado
3. FAP: aplicações a problemas de casais - Maly Delitti
15:30 – 16:00
Café

16:00 – 17:00
Palestra
1. A análise comportamental clínica e suas derivações: muitos nomes para o mesmo proceder? - Roberto Banaco
2. Supervisão clínica: repertórios pessoais e acadêmicos de terapeutas em FAP e ACT - Regina Wielenska
3. Evidência empírica da FAP no Programa de Psicologia Clínica da USP - Sonia Meyer

Programação Mini cursos e Palestras:

Mini Cursos:

FAP em Terapia de Casal e Tratamento de Problemas Sexuais
Luc Vandenberghe PUC/Goiás
Este mini-curso propõe estratégias clínicas que podem aperfeiçoar o relacionamento terapeuta-cliente como instrumento de mudança em terapias de casal e no tratamento de problemas sexuais. A partir de momentos escolhidos em dois estudos de caso, o papel de intimidade e os conceitos de comportamento problema do terapeuta e comportamento alvo do terapeuta, serão discutidos. A aplicação das 5 regras para o terapeuta e o desenvolvimento da formulação de caso FAP serão treinados.
Aceitação
Michaele T. Saban, Karen Vogel
Neste mini curso será apresentado o conceito de aceitação para a ACT, quais as funções que este processo tem na terapia e formas de aplicação na clínica. Será discutida a relação entre aceitação e esquiva experiencial, e as implicações no repertório do indivíduo. Como a aceitação diz respeito aos eventos encobertos – sentimentos, sensações, pensamentos e memórias, analisaremos esses comportamentos e a relação deles com o sofrimento. As discussões serão permeadas por vivências e a apresentação de uma pesquisa sobre o tema.
A Teoria dos Quadros Relacionais (RFT): novos desafios para a Clínica Analítico-Comportamental?
Roberta Kovac e Yara Nico
O presente curso tem como objetivo discutir comportamento simbólico a partir do paradigma de Equivalência e, principalmente, da Teoria dos Quadros Relacionais (RFT). A RFT vem sendo desenvolvida desde início dos anos 90 e se origina dos estudos sobre Equivalência de Estímulos e Comportamento Verbal. Tem como objeto de estudo o responder relacional arbitrariamente aplicável (RRAA), operante generalizado, diretamente aprendido via treino de múltiplos exemplares e contextualmente controlado. Estas características do RRAA implicam na derivação de relações não diretamente aprendidas (relações derivadas).   
Será apresentada  uma introdução aos conceitos centrais desta teoria: o responder relacional com um tipo de abstração contextualmente controlada; os diferentes tipos de relações arbitrárias especificados em cada Quadro Relacional (coordenação; oposição; comparação; hierárquico; temporal; espacial; deítico); as características deste operante (implicação mútua, implicação combinatória e transformação de função); dados empíricos que embasam esta teoria e as implicações destes novos dados para a clínica analítico-comportamental.

 Terapia Analítico-Comportamental enriquecida com FAP e ACT

Fatima Cristina de Souza Conte e Maria Zilah da Silva Brandão – (PSICC - Instituto de Psicoterapia e Analise do Comportamento, Londrina-PR, Brasil)

O cenário mundial das Terapias Comportamentais vive hoje a sua Terceira Onda ou Geração. Tal movimento se descreve como uma retomada da aplicação dos conhecimentos behavioristas radicais atuais à Analise Clinica Comportamental. Seus expoentes maiores são a ACT (Terapia de Aceitação e Compromisso), de Hayes (1987) e a FAP (Psicoterapia Analítico-Funcional ) de Kohlenberg e Tsai (1991). Suas bases filosóficas, semelhanças, propósitos específicos e possibilidades de integração entre si e com as demais terapias, foram bastante destacados por seus autores e outros, provavelmente porque a Segunda Onda foi caracterizada pelo conjunto de terapias cognitivas e cognitivo-comportamentais já desenvolvidas e buscou-se destacar, por comparação, as características que justificavam a identificação de uma “nova onda”. Já, no Brasil, o processo ganhou contornos diferentes, uma vez que, em paralelo ao desenvolvimento de tais terapias, a Terapia Analítico- Comportamental também floresceu, tendo os seus realizadores empenhado esforços contínuos para manterem-se fortemente ligados às suas raízes behavioristas radicais (Vandenbergue, 2011). Assim, mais do que uma retomada da extensão do behaviorismo radical à Analise Clinica Comportamental, as propostas da Terceira Onda representaram aqui, possibilidades importantes, de continuação, aumento de abrangência, integração de conceitos e bases filosóficas à pratica, enfim, de enriquecimento dos processos vigentes. Esse trabalho pretende demonstrar, através de vinhetas de casos clínicos, como a FAP e a ACT tem sido incorporadas à Terapia Analítico-Comportamental e favorecido a sua eficácia.



Palestras:

Evidência empírica da FAP no Programa de Psicologia Clínica da USP
Sonia Meyer
Serão apresentadas quatro pesquisas realizadas no Laboratório de Terapia Comportamental da USP sobre efeitos da FAP ou com dados produzidos pelo instrumento de avaliação da FAP, o FAPRS e quatro projetos de pesquisa sobre a FAP usando delineamento experimental de caso único.  A importância de evidências empíricas e do delineamento experimental serão temas discutidos.
Supervisão clínica: repertórios pessoais e acadêmicos de terapeutas em FAP e ACT
Regina Wielenska
Estar presente, consciente das forças que operam no aqui e agora da relação terapeuta-cliente e sabendo fazer uso ético e efetivo desses recursos, representa um dos aspectos essenciais das terapias comportamentais de terceira onda. Formar terapeutas capazes de atuar desse modo significa, entre outras medidas, em transformar a supervisão num laboratório onde se exercitam as habilidades desejáveis. Serão discutidas estratégias possíveis para a supervisão de terapeutas iniciantes, pouco familiarizados com as nuances da prática analítico-comportamental, com exemplos de algumas experiências que se mostraram bem sucedidas para a formação de residentes em psiquiatria e psicólogos.
A análise comportamental clínica e suas derivações: muitos nomes para o mesmo proceder?
Roberto Banaco
A análise do comportamento aplicada é a origem de procedimentos que aplicados à pratica clínica receberam nos Estados Unidos o título de "clinical behavior analysis" e no Brasil "terapia analítico-comportamental". Esta nova nomenclatura se fez necessária quando os analistas do comportamento procuraram incorporar aos procedimentos de controle de contingências, os conhecimentos gerados pelo estudo do comportamento verbal, assumindo sua utilização na prática de gabinete e/ou em ambiente natural. Até então, certas particularidades da prática clínica feita por analistas do comportamento não recebiam uma denominação específica. A partir dos anos 90, no entanto, técnicas foram organizadas em torno de várias nomenclaturas, tais como FAP, ACT ou TCR, mas nunca deixaram de ter embutidos em seus procedimentos os princípios básicos da análise do comportamento aplicada. Este trabalho procura discutir se há a necessidade de uma especificação que aparentemente mais restringe do que enriquece a prática clínica do analista do comportamento.
Comportamento verbal e processos autoclíticos: efeitos nulos, transitórios e duradouros sobre o comportamento não verbal – implicações para atuação terapêutica em ACT
Maria Martha Costa Hübner Universidade de São Paulo - INCT sobre Comportamento, Cognição e Ensino
As abordagens terapêuticas em ACT concebem o comportamento verbal como central em seus procedimentos. Desde 1957, com Skinner e depois, em 1982, com Sidman , a Análise do Comportamento construiu um arcabouço teórico e empírico que sustentam , em parte, a eficácia de procedimentos verbais (metáforas, desliteralização, dentre outros).  Serão apresentadas pesquisas derivadas da formulação skinneriana de comportamento verbal, incluindo processos autoclíticos, bem como pesquisas derivadas da formulação teórica de Steven Hayes (RFT) que evidenciam efeitos nulos, temporários/imediatos e duradouros do comportamento verbal (que será discutido em relação ao termo cognição) e de formação de classes sobre o comportamento não verbal relevante. A discussão buscará evidenciar aspectos genuinamente analítico- comportamentais de ambas as abordagens, suas relações com o corpo de pesquisas que os sustentam, bem como aspectos que extrapolam ou se diferenciam  do que é proposto e investigado pela Análise do Comportamento.
FAP: aplicações a problemas de casais
Maly Delitti Centro de Análise do Comportamento
A FAP, como uma das propostas da terapia comportamental tem como um de seus pressupostos básicos a intervenção e mudança do comportamento em situação natural para propiciar a generalização e manutenção de tais mudanças para a vida real das pessoas.    Como a interação do casal, quando bem conduzida,(com vínculo sólido e relação T-C bem estabelecida), ocorre diante do T, o qual, por sua vez, passa a fazer parte daquela contingência parece um pleonasmo falar de FAP com casais. Se não for feito FAP, não há terapia de casal.                                                                                                                                  Neste trabalho , a partir de alguns  fragmentos de uma sessão de terapia de  casal serão feitas reflexões teóricas e acerca das intervenções  realizadas.
IRAP: Atitudes implícitas e possíveis aplicações na clínica
Desire Cassado
Os métodos mais comuns para obter informações sobre o que as pessoas pensam e sentem envolvem a utilização de questionários e/ou entrevistas. Tais métodos exigem que os participantes reflitam sobre o que eles pensam para então responder de forma apropriada. Apesar de serem claramente úteis, questionários e entrevistas podem falhar na tentativa de acessar cognições implícitas, como pensamentos, sentimentos e crenças que envolvem, respostas com possibilidade de punição social como, por exemplo, preconceitos raciais e/ou sexuais.
O IRAP é um procedimento experimental construído com base na Teoria dos Quadros Relacionais que tem como objetivo acessar relações derivadas implícitas. Muitos estudos tem demonstrado que o IRAP pode ser usado para acessar redes relacionais ou crenças que não são prontamente acessíveis ao pesquisador e mesmo ao participante.
Nesta exposição será apresentado a base teórica do IRAP, seu procedimento e pesquisas relevantes para a área clínica.